quinta-feira, 19 de junho de 2008

4º encontro

Jovens... 15\06
Onde encontrar a verdade?
É um tema muito propício aos dias de hoje, onde existem tantas mentiras e os jovens são
facilmente levados por elas, por ainda não terem uma personalidade formada.
O pai da mentira é o demônio e o Senhor da verdade é Deus. Deus é o bem. O mau existe, o feio existe, a verdade existe... não devemos ser subjetivos e gostar de estar falando meias verdades. O próprio Jesus disse: Que o vosso falar seja: sim, sim, não , não, porque todo resto vem do maligno.
Neste encontro contamos com a participação da professora Isabel Celebrini, que deu a palestra com o tema verdade.

Texto do 4º encontro:

O valor da verdade
A verdade sempre é a melhor alternativa.
Muitas vezes as pessoas se sentem compelidas a não expô-la ou abrandá-la em função das circunstâncias, do contexto que estão e das pessoas envolvidas, entendendo que se resolve o quer que seja desta forma.Temporariamente pode até trazer algum resultado, mas é sempre bom lembrar que mais cedo ou mais tarde a verdade vem à tona e o que parecia ser um bom caminho passa a ser um problema a ser solucionado, porque é intolerável não se ter informação correta e verdadeira nas mãos e principalmente afetar a sua tomada de decisão: o “norte” da decisão pode ter se direcionado para o lado errado...
É essencial entender que são as conseqüências que demonstram o quanto trazer a verdade à tona é fundamental para você conduzir bem um processo de negócio, porque este em hipótese alguma pode ser ou acontecer de forma inconseqüente.
Além disso, nem sempre a verdade que você gostaria de ver ou ter a frente é o que aparece, mas é importante que você a perceba como realmente é, e assim você aprende a lidar com não-conformidades naturalmente, e conduzir soluções pertinentes e eficazes.
O ponto é que saber a verdade é que faz você ser assertivo, porque você sabe onde está pisando e quais são os percalços que tem a frente, bem como o que tem de bom e como construir com isso também.
Como é difícil, em muitos momentos, tomar a decisão da melhor forma para expor a verdade, principalmente porque o conteúdo tem sempre de se manter, mas da forma como esta será exposta e também o reflexo da recepção pelo outro lado não é fácil de prever...
Por isso mesmo, que você deve considerar sim a circunstância, o contexto, os perfis das pessoas e o que significa para cada uma delas esta informação e, buscar expô-la de maneira que as pessoas entendam e absorvam realmente o significado.
E é uma questão de atitude.
Se você fala sempre a verdade, as pessoas acreditarão no que você expõe, defende e apóia. Caso seu posicionamento seja diferente deste, então você é um forte candidato ao time dos que “não fazem a menor diferença”, porque ninguém o ouvirá.
No mundo dos negócios, a verdade é inevitável. Pode demorar mais ou menos tempo, mas como se ouve muito por aí: “ninguém engana todo mundo o tempo todo”, portanto quem você é e como você conduz os seus processos de negócios será revelado, por você mesmo e as suas atitudes.
O que é interessante é que quando a diferença entre o que uma pessoa fala e faz se tornam aparentes (e acredite, não precisa de muitos movimentos para se saber isso), o veredicto se define: a pessoa não é confiável, não é legitima e portanto não tem direito à credibilidade.
E esta é a pior das opiniões que alguém pode ter sobre um profissional, que, de fato, é não classificá-lo como profissional.
Nunca se esqueça que a verdade tem o maior dos valores no mundo dos negócios: você ser reconhecido como um profissional sério e crível.
Se as pessoas que lhe cercam, tomam outros caminhos, e daí?
Você toma o seu.
Saiba dar valor a si mesmo, pois este é o valor da verdade.
(Sílvia Somenzi)

REFLEXÕES

1- O texto, que fala sobre a verdade no mundo dos negócios, não é religioso. Na sua opinião, como um cristão deve se comportar perante à mentira? Pesa mais a um cristão, ser verdadeiro sempre, ou não?
2- Como você explica o primeiro parágrafo, que fala sobre as “meias verdades”.
3- Porque a autora termina com a frase: Saiba dar valor a si mesmo, pois este é o valor da verdade.” ?

Que Jesus, Caminho Verdade e Vida, o proteja sempre!
ADOLESCENTES; 21\06

O Homem, peregrino da verdade

Para aprofundar e solidificar as razões da fé, o homem tem de ser um peregrino incansável da verdade, procurá-la todos os dias da sua vida, até àquele dia em que a luz de Deus será a sua verdade definitiva. Buscar a verdade é procurar a vida. Ser peregrino da verdade significa não parar em nenhuma etapa, como se ela fosse definitiva. Caminhar na vida é ir sempre mais longe na busca do seu sentido, deixar-se conduzir pela luz que, irradiação do esplendor da verdade, vai iluminando as nossas trevas, abrindo-nos à luz incriada, porque criadora, que continua a pronunciar sobre a vida dos homens a Palavra original: “Faça-se a luz” (Gen. 1,3). João Paulo II escreveu: “o esplendor da verdade brilha em todas as obras do criador, particularmente no homem criado à imagem e semelhança de Deus (cf. Gen. 1,26). A verdade ilumina a inteligência e modela a liberdade do homem, que, deste modo, é levado a conhecer e a amar o Senhor. Por isso, rezamos com o salmista: «fazei brilhar, sobre nós, Senhor, a luz da Vossa face» (Sl. 4,7)”.
Procurar a verdade é buscar a luz sobre a realidade do homem, para encontrar segurança e firmeza na vida. Na existência humana, a segurança é importante para a tranqüilidade e a harmonia. É por isso que a formação cristã é exigência contínua, porque a fé adensa e radicaliza a urgência de caminhar para a verdade.
A verdade e a liberdade
A cultura contemporânea exalta mais a liberdade do que a verdade. Toda a busca da verdade é realizada por seres livres, sendo, em si mesma, uma expressão do dinamismo da liberdade. Mas isto põe, necessariamente, o problema do relacionamento mútuo entre a verdade e a liberdade, pois só a harmonia de ambas leva ao aprofundamento da consciência pessoal, sobretudo da consciência moral, máxima expressão da liberdade. Qual das duas tem a primazia: é a liberdade individual que define o que é a verdade, ou a verdade orienta e condiciona o exercício da liberdade?As palavras de Jesus parecem não deixar dúvidas a esse respeito: “Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres” (Jo. 8,32). Há uma objetividade da verdade, anterior à sua descoberta pelo homem, expressa no seu próprio coração, na criação que o rodeia, na tradição que herdou, na comunidade a que pertence, em Deus que se lhe revela, em Jesus Cristo encarnação visível da verdade eterna. O dinamismo fundamental da busca da verdade é a atração por esta “verdade incriada”, que estando já em nós, é maior do que nós, e que iluminará a nossa liberdade como capacidade de orientação da vida.
Ao contrário, se se absolutiza a liberdade individual, cai-se numa visão subjetiva da verdade, em que cada um inventa a sua própria verdade, o que levará, inevitavelmente, à relativização da própria verdade. A ética individualista, em que cada um decide o que é bem ou mal, é a principal conseqüência desta atitude. Ouçamos, a este propósito, o Santo Padre João Paulo II: “Atribuíram-se à consciência individual as prerrogativas de instância suprema do juízo moral, que decide categórica e infalivelmente o bem e o mal. À afirmação do dever de seguir a própria consciência foi indevidamente acrescentada aquela outra de que o juízo moral é verdadeiro pelo próprio fato de provir da consciência. Deste modo, porém, a imprescindível exigência de verdade desapareceu em prol de um critério de sinceridade, de autenticidade, de «acordo consigo próprio», a ponto de se ter chegado a uma concepção radicalmente subjetivista do juízo moral”.
Para aprofundar as razões do nosso acreditar, é preciso nunca desistir desta caminhada para a verdade. Nós somos atraídos pela verdade absoluta, que nos foi revelada em Jesus Cristo, e de que já participamos na vida da fé. Mas empenhemos nessa busca toda a nossa capacidade de verdade: a nossa inteligência, a atração pela beleza e pelo amor e aceitemos humildemente que só a verdade iluminará a nossa liberdade. Esta é a exigência da formação cristã.
(† JOSÉ, Cardeal-Patriarca)
1-Como você explica o título do texto: O homem, peregrino da verdade:
2- De acordo com o texto, porque é necessário procurar sempre a verdade?
3- Qual a relação entre liberdade e verdade? Explique:
4- Explique como entendeu as palavras de Jesus: : “Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres” (Jo. 8,32).
5- Qual a exigência da nossa formação cristã, em favor de estarmos sempre buscando a verdade?